Erros Grosseiros (III)

1) Tenho menos sorte que você/ Tenho menas sorte que você? Não se diz nunca “menas”, tal palavra não existe.

2) Inimigo figadal/ inimigo fidagal? O fígado era, segundo os antigos, a sede da ira, do ódio.

3) O rapaz puxava de uma perna/ O rapaz puxava uma perna? Todos os que mancam, puxam de uma perna.

4) Luís é muito xereta/ Luís é muito xereto? Os homens são também muito xeretas. “Xereto” não existe.

5) O pessoal não gostou do filme/ O pessoal não gostaram do filme? Pessoal exige o verbo no singular, assim como “turma” e outros substantivos coletivos.

6) Prova dos noves/ Prova dos nove? Todos nós dizemos noves fora, mas incompreensivelmente alguém fala “prova dos nove”. Os nomes de algarismos variam normalmente quando sustantivados.

7) Horas extras/ horas extra? Nesse caso, extra é um adjetivo (equivale a extraordinário), por isso varia de acordo com o substantivo.

8 ) Eu procurava um emprego que condissesse com meu nível cultural/ Eu procurava um emprego que condizesse com meu nível cultural? O pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo “dizer” é “dissesse”, portanto o certo é “condissesse”. Assim acontece com todos os outros verbos derivados de dizer.

9) Não poderíamos dizer isso perante ela/ Não poderíamos dizer isso perante a ela? “Perante” já é preposição, por isso não há a necessidade de outra, o “a”.

10) Não vou lá em hipótese nenhuma/ Não vou lá de hipótese nenhuma? Convém não dizer nem escrever isso em hipótese nenhuma.

(fonte: “Não erre mais”, Luiz Antonio Sacconi)

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