Carro do Linux em Indianapolis

Neste ano, as 500 milhas de Indianápolis terão uma atração extra. O projeto Tux 500 conseguiu colocar no grid um carro patrocinado pelo Linux. E ainda por cima pilotado por um brasileiro.

A história da classificação é meio dramática. Para começar a equipe, Team Chastain Motorsports, é muito pequena, com apenas um carro. O piloto era o francês Stephan Gregoire, que não tentou classificação nos dois primeiros dias de treino. E no treino livre, Gregoire se acidentou e fraturou uma vértebra. Foi então chamado o piloto reserva, o brasileiro Roberto Moreno. No terceiro dia de classificação, Moreno conseguiu lugar na última fila do grid, porém o tempo era ainda muito baixo e a posição estaria ameaçada no dia seguinte, o “Bump Day”, o último dia de classificação.

Nesse dia, uns poucos pilotos ainda sem lugar no grid tentariam tirar a classificação dum piloto com tempo inferior. Mas, perto do final do treino, nenhum piloto conseguia tirar o tempo de Moreno. O dono da equipe, Tom Chastain, tomou uma decisão ousada. Mandou Moreno para a pista e este, provando que é um operário da velocidade, melhorou em 4 mph (pouco menos de 7 km/h) a sua média de velocidade, o que é muita coisa em termos de Indy. Assim a posição no grid fica garantida: 31o. lugar, na última fila (são 33 carros no grid).

Agora a meta do Tux 500 é aumentar o espaço ocupado pelo Linux no carro, o que é importante pois a corrida de Indianápolis é um evento esportivo visto por mais de 300 mil pessoas só no autódromo, e centenas de milhões em todo o mundo pelas redes ABC e ESPN. Por enquanto, só existe o pingüim Tux no bico e um pequeno espaço nas laterais do carro, que por sinal tem uma pintura horrorosa. A meta é de US$ 350.000, que está longe de ser alcançada, pois o prazo termina amanhã às 13h.

Boa sorte para Roberto Moreno e o Linux.

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