O Senhor dos Anéis – análise profunda

(Desconheço o autor, lamentavelmente)

Nesta semana que se encerrou tive a oportunidade de contemplar a continuação da jornada daqueles que representam os povos da Terra-Média e buscam a harmonia ente todas as raças que ali vivem. E permita-me dizer, caro leitor, que em diversos momentos pensei ter entrado em um vortex que havia me levado de volta alguns anos no tempo, onde estava eu a assistir o filme “Gaiola das Loucas“. Sim, talvez esse fosse o título adequado para o filme que conhecemos hoje como “O Senhor dos Anéis“. E eu explico o porquê dessa minha impressão.

Comecemos pelo título: O Senhor dos Anéis. Em um primeiro momento a tácita forma como as palavras são colocadas podem nos enganar, mas elas não fazem referência a nada mais do que um homossexual com mania de grandeza. Sim, pois para alguém se julgar “Senhor“ dos Anéis, essa pessoa deve ter uma personalidade onde o gosto por sexo realizado através de vias “alternativas“ e, logo, diferente daquela forma que cumina na reprodução humana, é gritante. Sem contar o complexo de superioridade: Porque o Anel dele é melhor que o dos outros? Ausência de inflamação nas hemorróidas? Ou será que ele domina todos os outros “anéis“ através de um trunfo secreto? Questão a ser respondida posteriormente.

Analisemos, então, a estória em si: 9 bichas enrustidas que passam 9 horas (cada filme tem, em média, 3 horas) no cinema e alguns anos na ordem cronológica da estória escrita brigando por um anel, adorno muito disputado e querido entre as pessoas que preferem se relacionar com parceiros do mesmo sexo. É um tal de pega o anel, tira o anel, coloca o anel, me-dá-que-o-anel-é-meu, com-esse-anel-ninguém-me-segura, com-o-anel-eu-to-poderosa, etc e tal.

No primeiro filme da saga, “A Sociedade do Anel“, temos a reunião dos 9 personagens em torno de um único intento: destruir o anel. Sim, pois se não há meio de todas usarem, que nenhuma use. Puro egoísmo. A putaria do anel se desenrola até que todas elas se separam (tem cara que até morre pelo anel), e é aí que o segundo filme começa. Creio que seja errado dizer que eles se separam; na verdade, eles se dividem em duplas ou trios para mancomunar contra todos os outros, tentando assim tomar posse do anel.

Agora que o significado real dos títulos mais importantes foram esclarecidos, vamos aos personagens:

Bilbo Bolseiro: Se temos que começar, comecemos por onde a estória começa. Um velho pervertido, organizador de orgias e bacanais aos moldes dos liderados pelo padrasto de Hamlet, Rei da Dinamarca, Bilbo possui uma fortuna que ninguém sabe de onde veio e que nunca acaba. Ora, perfil típico de dono de motel/casa noturna, enfim, um profissional da diversão sexual, dos prazeres da carne. Bilbo ainda tenta (com sucesso) arrastar o seu primo Frodo para a vida mundana que ele leva. Vale lembrar que Bilbo completou 111 anos aparentando ter 50, conotando uso excessivo de maquiagem e produtos para suavizar linhas de expressão e a ação do tempo.

Frodo Baggins e Samwise “The Brave“ Gamgee: Analisaremos estas duas personagens de uma só vez, devido a co-relação dominante entre elas durante todo o filme. Em diversas ocasiões, fica bem claro que o casal citado realmente se ama. Ao final do primeiro filme, Sam declara seu amor incondicional a Frodo, e diz que este não irá a lugar nenhum sem ele. É uma cena tocante, baseada no olho-no-olho. Tal cena se repete várias vezes, até que Frodo finalmente mostra toda a ternura fomentada por ele em relação a Sam, no final do segundo filme. Sam pergunta se um dia eles serão famosos como a Kelly K, a Vera-Verão ou a Isabellita dos Patins, e Frodo garante que eles hão de obter sucesso em seu intento, garantindo que sem a ajuda da companheira Sam isso nunca teria sido possível, e que ele é eternamente grato por isso, e que o “Anel“ dele é de Sam também, etc e tal…

Meriadoc e Pippin: Aos meus olhos, apesar de externarem masculinidade, são apaixonados respectivamente por Frodo e Sam, e nunca ficariam sozinhos no Condado enquanto os amiguinhos tomam parte nessa “balada“.

Boromir: Forte e leal, qualidades indispensáveis a um bom parceiro, Boromir atesta seu amor por Aragorn ao final do primeiro filme, quando, face a iminente morte, começa a se declarar com palavras como “my captain, my lord, my husband, my man“ etc.

Aragorn: Momento propício para falarmos do Casanova da estória. Minha humilde opinião é de que Aragorn deveria acrescentar um outra particula ao seu nome, ficando como Aragorn, o Gostoso. Sim, porque Aragorn realmente é muito gostoso. Ele mata todo mundo, conversa com todo mundo e… come todo mundo, como não poderia deixar de ser. Basta cruzar um olhar com uma humana, orc, anã, elfâ ou seja lá qual for a raça, e a pobre da fêmea cai em amores por nosso herói. É frequentemente assolado por fantasias eróticas em seus sonhos, onde uma elfa parcamente vestida aparece e lhe beija os lábios. Vale lembrar que no segundo filme nosso herói confessa à elfa de que está perdido e não tem em que acreditar, ao passo que a elfa Arwen responde “Acredite nisso“ e a câmera focaliza sua mama esquerda.

Viciado em crack, Aragorn está frequentemente pitando seu cachimbo e sob influência de narcóticos, fato de fácil constatação quando, no segundo filme, depois de abusar das referidas substâncias alcoolicas, um cavalo lambe sua boca (sim, pois cachorros inexistiam na Terra-Média) e o leva para casa. Aragorn ainda conversa com o cavalo em um élfico arrastado, devido a seu estado deplorável. Nunca lava as mãos e não usa shampoo com controle de oleosidade para os fios.

O que mais me assusta a respeito deste personagem é o seu pai. Com um filho tão foda assim, o que podemos esperar do bem-falado Arathorn, seu pai? Com certeza esse sim era o cara mais foda do mundo, o que é facilmente comprovado quando vemos o terror nos rostos dos outros personagens quando Aragorn se apresenta como “Aragorn, filho de Arathorn“. Todo mundo treme na base. Chego até a desconfiar que Arathorn possuia estreitas relações com George Bush, cujo filho também carrega toda a fodeza do pai.

Legolas: Elfo… preciso dizer algo? Orelhas pontudas, olhar penetrante e sensibilidade aguçada. No segundo filme vê sua vida demoronar quando Aragorn, O Gostoso, Filho de Arathorn, o homem mais foda do mundo, cai do penhasco. Para perceber isso, basta olhar sua expressão na hora do acontecimento; Gimli, o anão, possui uma expressão de dor. Legolas, uma expressão de perda, como uma mulher cujo marido morre na guerra. Quando Aragorn, O Gostoso, filho de Arathorn, o Homem Mais Foda do Mundo, retorna ao Abismo de Helm, Legolas faz quetão de dizer que o amigo está péssimo, o que causa riso em Aragorn perante à oferta de retoque na maquiagem. Carrega consigo um número de flechas considerável, algo suficiente para derrotar um exercito de 10.000 Uru-khais com duas flechadas em cada inimigo.

Saruman: Bicha velha que possui mania de grandeza. Vive com a mão em uma bola procurando pelo tal do anel.

Sauron: Amigo imaginário de Saruman, existe na mesma relação que Bodah existia para Kurt Cobain.

Pai de Arwen, a Elfa: Incestuoso, no segundo filme pergunta à filha se também não é digno de seu amor.

Gandalf: Transformista de idade avançada e que mesmo assim consegue cavalgar e correr por toda a extensão da Terra-Média, Gandalf “sobe nas tamancas“ quando Saruman, de posse do corpo do rei Theoden, o chama de Gandalf, o Cinzento. Gandalf deixa cair o seu manto e mostra toda a sua alva magnitude que lhe vale a nova alcunha de Gandalf, o Branco, atestando seu gosto por “torres“. Teve outro chilique quando nossos amigos eram atacados por um Balrog, e Gandalf fez questão de dizer que ele não deveria passar (I`m the server of the secret fire of Andur..YOU… SHALL NOT… PAAAAAAAASS) Nunca larga o seu cajado e também é viciado em crack.

Gimli, o Mestre-dos-Anões: Até que enfim um homem de verdade nessa estória! Come como uma besta, arrota e prova ser “pau-para-toda-obra“ ao dizer que as mulheres anãs tem uma aparência identica aos homens anões. Um cara que enfrenta isso está pronto para qualquer batalha…

Gollum (Sméagol): pobre integrante da classe proletária, sonha com a tal falada insurreição, quando tomará o anel para si, tornando-se assim o mestre e passando a ser parte da burguesia. Até lá, sofre nas mãos sado-maso de Samwise The Fag, que vê sua relação com Frodo ameaçada quando este desenvolve sentimento em relação a Sméagol.

Enfim, aguardemos agora pelo terceiro filme, que provavelmente seguirá a mesma linha purpurina dos outros dois, agora que Saruman está “passada“ por nossos amigos terem colocado seu exército “para correr“ na batalha do Abismo de Helm. Sem contar o bando de árvores simpatizantes com o MST que invadiram sua Torre em Isengard. Tolkien deve estar se revirando no seu túmulo.

(postado originalmente em 8 de janeiro de 2003)

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